A língua, incontestavelmente, é um dos fatores que possibilita a inclusão ou a exclusão dos sujeitos em uma dada sociedade. O uso das línguas proporciona não apenas o compartilhamento de ideias, a socialização do conhecimento e da cultura produzidos, mas também a produção de novos saberes sobre a própria língua, o homem e o mundo. A apropriação de uma língua e do conhecimento produzido sobre ela significa ter acesso a um dos instrumentos que nos torna “mais” ou “menos” cidadãos em uma sociedade letrada.
Fundamentado nessa compreensão sobre as línguas, a oferta do Curso de Graduação em Letras com quatro habilitações diversas possibilitará uma formação baseada no desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão que considerem o papel social das línguas maternas e estrangeiras na sociedade contemporânea.
A Matriz Curricular do Curso de Licenciatura Plena em Letras, Língua Portuguesa ou Espanhola ou Francesa ou Inglesa e respectivas Literaturas foi pensada no sentido de manter a diversidade dentro da unidade da Grande Área – Letras.
Todo Curso de Letras, via de regra, é perpassado por subáreas que, em interação, subordinadas e articuladas à Área Mestra, convergem para uma formação continuada que contemple e preconize os diversos saberes, gerais e específicos, que, ao longo do curso, formarão o cabedal de conhecimentos, teóricos e práticos, de que o futuro profissional de Letras disporá para intervir no contexto em que vive ou viverá, profissionalmente ou não.
Nesse sentido, a proposta do Curso não foi pensada, exclusivamente, em formar profissionais limitados, capazes apenas de atuar no meio, reproduzindo conhecimento, mecanicamente, e repassando-o em seu ambiente de trabalho. Mas, principalmente, em formar cidadãos capazes de atuar sobre o meio, como agentes reflexivos, questionadores e, consequentemente, transformadores da realidade social, pautados na ética, valendo-se das diferentes linguagens e saberes acumulados e lapidados no decorrer da graduação.
Ao aliar e intercalar teoria e prática caminha-se no sentido de promover e estimular a discussão crítica do fazer pedagógico e das teorias que lhe dão embasamento. É, justamente, aí que reside o aspecto político do Projeto, uma vez que subjacente a todo planejamento há a adoção de uma determinada postura política.